Comissário da NFL diz entender protestos durante hino, mas afirma que existe "hora e local" para isso.
16/08/2017
Fonte: Espn
Já na primeira semana da pré-temporada da NFL os protestos durante o hino nacional voltaram a aparecer. No sábado, Marshawn Lynch, dos Raiders, ficou sentado, assim como Michael Bennett, dos Seahawks, fez no domingo.

Nesta terça-feira, durante um encontro com donos de ingressos para a temporada do Arizona Cardinals, o comissário da NFL, Roger Goodell, foi questionado se nesta temporada tais protestos "seriam outro problema". O "chefão" da liga falou que considera a execução do hino um momento especial, mas pediu respeito à postura daqueles que protestam.

"Bom, acho que este é um daqueles pontos em que acredito que temos que entender que existem pessoas com diferentes pontos de vista. É algo que acredito que todos queiram. O hino nacional é um momento especial para mim. É um ponto de orgulho. É um realmente um momento muito importante", disse Goodell.

"Mas também temos que entender o outro lado, de que as pessoas têm direitos e queremos respeitá-los", continuou, acrescentando também que teve uma discussão parecida com torcedores dos Jets semanas atrás.

Na ocasião, segundo Goodell, um jogador que não teve o nome revelado teria respondido que existiria "hora e local" corretos para se fazer um protesto.

"E é isso que todos nos temos que entender. A responsabilidade de fazer isso no momento certo e da forma correta", disse o comissário, afirmando também que gosta de ver jogadores que levam o engajamento para a prática, atuando junto com comunidades.

"E o que vemos são muitos jogadores indo até comunidades e levando os pensamentos que eles têm, sendo ativos, criando diálogos e realmente fazendo uma mudança positiva. E é isso que eu acho importante. Protesto para o progresso é como eu chamo isso", afirmou.

"Nós todos temos que reconhecer que aquelas pessoas querem ver mudança, vamos sair e tentar fazer com que esta mudança aconteça de forma pacífica e significativa. Temos visto nossos jogadores fazerem isso. Vimos isso em Denver com Brandon Marshall. Vimos isso com Doug Baldwin em Seattle. Eles sairam e fizeram algo realmente grande pela comunidade para provocar mudanças de formas positivas. Isso é o que queremos ver nossos jogadores fazendo e acho que é algo positivo", completou.

Precursor dos protestos durante o hino nacional, o quarterback Colin Kaepernick, que se ajoelhou enquanto defendia os 49ers criticando a violência policial, segue sem encontrar um time para jogar nesta temporada.