Lesão de Aaron Rodgers esquenta debate sobre gramados sintéticos na NFL: 'Quantos mais têm que se machucar?'
12/09/2023
Fonte: Espn
Durou pouco tempo a estreia de Aaron Rodgers com a camisa do New York Jets. Em sua primeira campanha na vitória sobre o Buffalo Bills, o quarterback sofreu lesão no tornozelo e teve que deixar a partida. O fato reacendeu um debate quente na NFL sobre o uso de gramados sintéticos.

Nas redes sociais, David Bakhtiari, offensive tackle do Green Bay Packers, criticou o modelo de grama, questionando a necessidade de seu uso e o perigo que pode causar aos jogadores.

"Parabéns, NFL. Quantos mais terão que se machucar em gramados sintéticos? Vocês ligam mais para jogadores de futebol (soccer) do que para nós. Vocês planejam remover todos os gramados naturais para a Copa do Mundo que está chegando. Está tão claro. Estou cansado disso... façam melhor!", escreveu o atleta.

Uma pesquisa da NFL Players Association de abril de 2023 aponta que as lesões sem contato em jogadores da NFL ocorreram com uma taxa mais alta de frequência em gramados sintéticos.

Segundo os dados, apesar de anos anteriores terem apontado um equilíbrio dos números, a temporada 2022 teve uma taxa de lesões de 0,048 por 100 em gramados artificiais contra 0,035 em naturais.

Jeff Miller, vice-presidente executivo de comunicações, relações públicas e políticas da NFL, afirmou na época que “a discussão entre superfícies sintéticas e superfícies de grama natural não é realmente o argumento”, mas sim que a NFL e a NFLPA deveriam tentar “diminuir as lesões em ambas” as superfícies.

Em 2022, a NFL neutralizou o debate com base no comparativo entre os números da temporada 2021, onde a diferença das taxas de lesão era de 0,001 por 100. Presidente do sindicato dos jogadores da NFL (NFL Players Association), JC Tretter mostrou descontentamento com a teoria.

“Em vez de seguir os dados de longo prazo (que são claros nesta questão), temos que ouvir os jogadores e tornar o jogo mais seguro. "A NFL aproveitou um ano atípico para se envolver em uma campanha de relações públicas para convencer a todos de que o problema na verdade não existe", disparou Tretter.

No Brasil, essa discussão se tornou mais ativa nos últimos meses por conta do uso de gramados sintéticos em mais gramados do Brasileirão, como a Arena da Baixada, casa do Athletico-PR, o Allianz Parque, do Palmeiras, e o estádio Nilton Santos, do Botafogo.