NFL anuncia que vai multar jogador que não respeitar hino nacional.
26/05/2018
Fonte: Espn
Na última quarta-feira, os donos de times da NFL aprovaram por unanimidade uma nova política em relação a execução do hino nacional antes das partidas. Agora, será permitido que os jogadores fiquem dentro do vestiário enquanto a música é tocada, mas aqueles que optarem por ir a campo deverão obrigatoriamente ficar em pé.

A nova política sujeita as equipes a uma multa se algum atleta ou qualquer outro indivíduo não mostrar o devido respeito ao canto. Isso incluí tentativas de se ajoelhar, como dezenas de jogadores tem feito nas últimas duas temporadas. Os próprios clubes terão a opção de multar empregados pela infração.

Nos últimos anos, a tensão entre jogadores e entidades cresceu quando alguns se recusaram a ficar em pé enquanto o hino era tocado - tudo começou quando o quarterback Colin Kaepernick (então no San Francisco 49ers, hoje sem time) decidiu ficar ajoelhado em protesto contra a violência policial em 2016. Donand Trump, presidente dos EUA, chegou a se pronunciar contra o atleta.

Na votação, Jed York, representante dos 46ers se absteve, não impedindo a unanimidade, mas demonstrando clara insatisfação com a medida.

Sobre ela, o sindicato dos jogadores se pronunciou contrariamente à decisão, alegando que não foram consultados: “Nossa entidade irá rever a nova ‘política’ e contestar qualquer aspecto inconsistente com o acordo de nosso coletivo”.

Roger Goodell, comissário da NFL, disse em nota que “acreditamos que a decisão de hoje irá manter o foco no jogo e nos incríveis atletas que jogam - e nos fãs que desfrutam”.

O requerimento de que todos os jogadores em campo durante o hino fiquem em pé será removido do manual de organização, permitindo que aqueles que não quiserem, fiquem no vestiário ou “em um local similar, fora do campo”.

Já o texto antigo obrigava os jogadores a ficarem em campo durante o hino e recomendava que ficassem em pé. Quando o quarterback de San Francisco começou a se ajoelhar, em 2016, nada o impedia de fazê-lo. Na reunião que selou a nova regra, alguns donos chegaram a ter dúvidas sobre a obrigatoriedade de ficar em pé, com medo de críticas de jogadores islâmicos, por exemplo. Até a opção de ficar fora do campo foi rejeitada inicialmente por aqueles que entenderam que seria possível a interpretação do fato como um protesto em massa.

Tanto Kaepernick quanto o safety Eric Reid (ex-49ers) entraram com ações contra a liga depois de não conseguirem encontrar emprego, mesmo como free agents, após os episódios.

As novas normas não precisarão passar por aprovação de outras entidades ou organizações.