'Respeitem o hino ou fiquem sem receber': Trump volta a ameaçar jogadores da NFL.
10/08/2018
Fonte: Espn
A NFL voltou com a quinta-feira cheia de jogos da pré-temporada. Com ela, voltaram os protestos de jogadores durante o hino nacional, e as críticas do presidente norte-americano Donald Trump.

Não demorou muito para que o mandatário do país fosse para o Twitter cobrar providências da liga com relação aos jogadores que “não respeitaram” o hino nacional antes das partidas da primeira semana de pré-temporada.

“Os jogadores da NFL estão nessa de novo – ajoelhando-se quando deveriam estar orgulhosamente em pé para o Hino Nacional. Vários jogadores, de diferentes times, quiseram mostrar sua “afronta” naquilo que a maioria deles é incapaz de definir. Eles fazem uma fortuna fazendo o que amam. Sejam felizes, seja legal”, escreveu Trump.

“Um jogo de futebol, no qual fãs pagaram tanto dinheiro para assistir e aproveitar, não é lugar para protesto. Muito daquele dinheiro vai para os jogadores de alguma forma. Encontrem outra forma de protestar. Fiquem em pé orgulhosos para nosso Hino Nacional ou seja suspenso sem pagamento”, completou, cobrando punição para os atletas.

Durante as férias a NFL chegou a anunciar uma nova regra, que exigiria que os jogadores respeitassem o hino, prevendo multa para aqueles que não o fizessem. Foi dada ainda a opção do jogador não ir para o campo durante o hino.

Porém, pouco depois do anuncio, a NFLPA, sindicato dos atletas, cobrou explicações sobre este novo regulamento, já que o acordo coletivo de trabalho não previa nada do tipo. A regra foi suspensa até que um acordo seja feito entre a liga e o sindicato, então não há maneiras de punir aqueles que protestaram nesta quinta-feira.

Desde que assumiu a presidência, Trump critica fortemente os protestos e no mês passado ele disse que o jogador que se ajoelhasse pela primeira vez deveria ser suspenso de um jogo e, em caso de reincidência, deveria perder a temporada toda, sem receber salário.

Nesta quinta, em Miami, Kenny Stills e Albert Wilson, ambos dos Dolphins, se ajoelharam durante a execução do hino nacional, enquanto o defensor Robert Quinn ficou em pé, mas com o punho cerrado erguido.

Enquanto isso, em Jacksonville, Telvin Smith, Jalen Ramsey, Leonard Fournette e T.J. Yeldon, todos dos Jaguars, permaneceram nos vestiários antes da partida contra o New Orleans Saints.

Em Baltimore as duas equipes ficaram em pé, mas o linebacker Tim Williams ficou sozinho, de frente para o banco de reservas e de costas para o campo. Já em Seattle, Branden Jackson, Quinton Jefferson e Duane Brown, dos Seahawks, correram para o túnel dos vestiários antes do hino começar.

Colin Kaepernick, quarterback ex-San Francisco 49ers, que iniciou o protesto contra a desigualdade sociais e a violência policial contra negros no país, segue sem time e processa os donos de franquia por conluio para não o contratar.